Sombra e Luz ⥁ Shadow and Light

Ludmila Queirós ✳

Sombra e Luz ⥁ Shadow and Light

Ludmila Queirós ✳

INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL | 2017
SINOPSE

A“Música Invisível” uma Peça Visual que aborda conceptualmente a forma como Nietzsche, Schopenhauer e Wagner analisam e “sentem” a Música e particularmente Nietzsche na obra “O Nascimento da Tragédia” (Nietzsche, 1992). Nesta obra Nietzsche versa sobre o apolíneo e o dionisíaco, a luz e a sombra presente na arte e na criação artística, a ordem e o caos. E também “As cidades Invisíveis” de Italo Calvino (Calvino, 2015), no sentido de construção de uma nova cidade de sons, toda uma nova linguagem metafórica para explicar uma construção de um Espaço Sonoro novo, como uma Cidade, que é Visual: A minha cidade (cidade no sentido metafórico de lugar que me constrói enquanto Ser) sonora em Imagens (Fotografias).
O tempo (ritmo) e composição desta peça foi-se basear num excerto (primeiros 5 ́) da 9a Sinfonia de Beethoven, considerada por Wagner e Nietzsche como a Obra Perfeita. (Pombo, 2001, p. 170)
A nível imagético tive como influências Andrei Tarkovsky (cineasta russo) em que na sua linguagem cinematográfica usa muito da ideia de “esculpir o tempo”, considerado como um poeta do cinema, Sally Mann (fotógrafa americana) que explorava muito o contexto quotidiano com os seus filhos e contexto familiar em geral apresentando a força da vulnerabilidade. Além destes que menciono especificamente houveram muitos outros que compõem o meu imaginário mental acumulado, mas que não representam menção específica.
Na conceptualização das notas como um todo e depois de cada uma individualmente foi utilizada uma construção semelhante à ideia de Italo Calvino, aplicada na criação de (novas) cidades (“As cidades Invisíveis”) (Calvino, 2015), que são cidades mas diferentes em muito ao que é esperado de ‘ser cidade’, portanto nesta peça visual é construída uma nova ‘cidade’, isto é, uma peça visual que em teoria se assemelha na construção e ideias base à de uma peça sonora ou composição mas que será uma ‘cidade nova’.
São 12 notas: DO, DO# REb, RE, RE# MIb, MI, FA, FA# SOLb, SOL, SOL# LAb, LA, LA# SIb, SI. (Ver Anexos 1 a 12)
A cada Nota Visual é atribuída, nesta peça específica, uma Fotografia, e este processo teve como base o que já foi indicado inicialmente, o cruzamento de pesquisa bibliográfica e a ideia de Construção de uma ‘Nova Cidade’ em que o Som e a Imagem se cruzam. Sendo que a ideia de construir uma nova cidade se baseia num processo de auto-reflexão também resolvi desenvolver a ideia de ser a minha cidade sonora, em imagens. A minha cidade é o que povoa o meu íntimo, as minhas ruas, os meus percursos, a minha forma de caminhar, o meu ponto de partida e o(s) meus pontos de descanso e de várias chegadas.
A ideia da dicotomia luz e da sombra (certo e errado, bom e mau, etc.) também muito presentes nesta concepção da “minha cidade” de sons que são imagens.
DO
DO
DO#-REb
DO#-REb
RE
RE
RE#-MIb
RE#-MIb
MI
MI
FA
FA
FA#-SOLb
FA#-SOLb
SOL
SOL
SOL#-LAb
SOL#-LAb
LA
LA
SIb-LA#
SIb-LA#
SI
SI
Exposições
EXPOSIÇÃO COLETIVA "ÁGORA"
MUSEU DE SANTA JOANA, AVEIRO, PORTUGAL 
07 A 17 DE JUNHO DE 2018


Autores:
Bárbara Silva
Cristianne de Sá
Flávia Costa
Ilana Copque
Ivo Prata
Ludmila Queirós
Mariana Assunção
Marlene Barros
Marta Sargento
Olivia Matni
Pedro Moreira
Yara Barragan
2018
Festival Internacional de Vídeo Arte - TIMELINE#4:BH 2018 – 
Sesc Palladium em Belo Horizonte - BRASIL

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15.12.2017 

Agregada à Performance de João Almeida.